A Igreja Matriz é um templo amplo, de duas naves, que nos faz pensar em épocas de intensa religiosidade, sem efeitos artísticos e de arquitectura popular. Contrariando frontalmente algumas autoridades, esta igreja nunca teve, de facto ou em projecto, três naves. Basta analisá-la um pouco para reparar nisso. Tem sim a nave principal e uma lateral. 

O corpo principal tem quatro arcos redondos, de alvenaria, e abóbada de meia cana, e parece ser do século XVI, a nave lateral, mais curta, tem três arcos, também de alvenaria, e a sua abóbada está dividida em quatro meias luas, com nervuras onduladas, de desenho medieval. 

A meio do seu lado esquerdo existiu outrora, uma larga e solene porta, voltada para a Fortaleza. Tudo isto leva a pensar que esta nave tenha sido a primitiva igreja, acrescentada, no século XVI, com a nave principal a Altar-Mor.

O Altar-Mor é ricamente entalhado em barroco do século XVII.

Há aqui três sepulturas do século XVI, sendo a da direita do navegador da Casa d'El Rei, António d'Azambuja, filho do Comendador de Cabeço de Vide, Diogo d'Azambuja.

O púlpito e a balaustrada são de mármore, tendo esta última vindo da Fortaleza, quando esta já andava ao desbarato. O nicho do baptistério é de mármore de duas cores, encimado por três florões.

É manuelino. 

A sua Padroeira Senhora das Candeias é festejada em 2 de Fevereiro,caso seja fim de semana, se for em semana é festejada no primeiro fim de semana do mês de Fevereiro.